METALLICA – James Hetfield “o Metallica chegou perto de acabar”

Materia originalmente publicada no Whiplash.net

Graeme Wood, do The Cape Breton Post, entrevistou recentemente o guitarrista/vocalista do METALLICA, James Hetfield. Alguns trechos da conversa podem ser conferidos abaixo.

James HetfieldThe Cape Breton Post: Você está feliz com esta nova-velha direção [do “Death Magnetic”]?

Hetfield: “Sim, parece certo. Parece que é a hora certa. Eu certamente sei que os fãs têm pedido desde sempre, basicamente nos falando o que fazer, o que para nós, não funciona. Seja meu pai ou um fã, isso nunca funcionou. Eu tenho que sentir isso por minha conta, e eventualmente nós vamos ao ponto onde somos capazes de acolher as coisas que fizemos no passado e não fugir delas”.

The Cape Breton Post: Fale para mim sobre o novo álbum e você estar sóbrio agora. Você já foi viciado em álcool, então isso mudou sua forma de escrever, já que thrash metal é tão sinônimo de beber?

Hetfield: “Os fãs terão que dizer. Este novo álbum, eu acho, é muito bom e eu estou completamente limpo e sóbrio. Sempre existirão pessoas que se preocuparão por você, também… E então eu escrevo as coisas mais raivosas da minha vida no ‘St. Anger’ e todo mundo odeia isso ou algo assim. Sabe, você não pode fazer isso pelos outros. Você tem que ser o artista que está fazendo arte”.

The Cape Breton Post: Você ajeitou as coisas em sua vida privada, então isto faz com que você e a banda se dêem melhor do que antes?

Hetfield: “Com certeza. Eu acho que o fato é que nós podemos ler uns aos outros melhor porque nós conhecemos uns aos outros melhor, e queremos conhecer uns aos outros melhor, e nós conseguimos nos comunicar muito melhor… Nós passamos por alguns momentos bem difíceis e por termos andado através do fogo e sobrevivido, há quase um tipo de honra que você tem com cada um – que nós passamos por isto então não precisamos ir lá de novo”.

The Cape Breton Post: Você mencionou antes que é importante falar sobre morte. Talvez você possa discorrer sobre isso.

Hetfield: “A banda chegou perto de acabar. Nós chegamos ao ponto onde egos, e ressentimentos e coisas assim cresceram tanto e tão forte que era praticamente um abismo impossível de escalar. Então o fato de que nós passamos por isso e saimos com o álbum mais forte de um longo tempo, acho, é um testamento de trabalho duro e para se apoiar pois você nunca sabe o que acontecerá. E para nós, foi perto da morte e esse é um pensamento bem assustador. E obviamente, há vida pós-Metallica, mas vale a pena? Então nós começamos a falar sobre isso em uma metáfora de vida e morte”.

The Cape Breton Post: Você ainda é de certa forma político?

Hetfield: “Nunca fui. Liricamente, eu estava escrevendo o que eu sentia… Muitas das coisas que nós fazemos são, felizmente, universais, como se ligar nas emoções – é humano. Músicas como ‘One’ e ‘Disposable Heroes’ falam mais sobre o lado feio da guerra. E há mais do que só essas músicas. A música ‘Don’t Tread On Me’ mostrou o outro lado disso. Nós na banda temos opiniões políticas diversas e é melhor deixar isso na entrada. Isso atrapalha o caminho, é um bloqueio. Olhando como um todo, nós todos queremos proteger nossas famílias e existem certas formas que nós achamos que devem ser feitas. Mas todo nós temos preocupações sobre o globo e a humanidade e onde isto está indo e eu não acho que nós somos os primeiros a nos preocuparmos com isso”.

O restante da entrevista você pode acompanhar clicando aqui

Traduzido por: Douglas Morita/Wiplash

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